quinta-feira, 30 de junho de 2011

(DES)TEMPO

Nada vale o vento sobre as folhas
                              entre falhas
                     água deitada ao vaso
                              inundado vazio
                              cor e gesto
                        indigesto olhar
                              de enfadonho
                                       cansaço

          abrir e fechar os olhos
          na continuidade da cena
      desaparecida em pedaços
      da folhagem junto à janela

movimento das folhas
movimento da seiva
movimento dos nutrientes

            a luz solar
                     fotossíntese
                     síntese interestelar.

(Pedro Du Bois, (DES)TEMPO, Edição do Autor)

4 comentários:

  1. O tempo que tempo não tem
    E a luz que quase o refaz


    Nada vale o vento sobre as folhas
    entre falhas
    água deitada ao vaso
    inundado vazio
    cor e gesto
    indigesto olhar
    de enfadonho
    cansaço


    Belíssimo, profundo, encantante

    Um prazer imenso ler este teu poema

    Abraço

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  2. Eu é que agradeço, Filipe, por sua sempre companhia. Ainda, por afastar o perigo. Abraços, Pedro.

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  3. Grato, Zeze, pelo retorno. Abraços, Pedro.

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