Refaço o caminho tantas vezes
cada vez num novo trajeto
da mesma paisagem
repito o discurso tantas vezes
cada vez outro tom de voz
repete o tema de forma diversa
rejeito a tradição dos povos
em cada recusa acrescento
nova versão aos fatos
não repito a história
a altero aos poucos
para que seja diferente
na nova repetição
recalco o sentimento do início
escondo sob o manto espesso
e escuro
recalques espremidos em fendas
que não me trazem paz
enquanto não afloram
as vezes
sou o herói na história
em outras
assassino em série.
(Pedro Du Bois, ARMAZÉM DAS PALAVRAS, Edição do Autor)
Anledningen
Há uma semana
Estimado Pedro: Bellísimo poema, como será el poeta que repite la historia como el asesino en serie. Me ha encantado.
ResponderExcluirUn abrazo fraterno.