Não há
raiva no que escrevo:
telas
abstratas desconstroem
símbolos
de dias vividos.
Não há
ódio no que digo:
palavras
impronunciadas
no
encontro anterior do corpo
encostado
ao todo esperançoso.
Nem
ecoam silêncios noturnos
de cegos
morcegos esvoaçantes
radares
desfeitos em espaços.
Não há
a presença da besta
no
ataque em que a presa
sabe
sente e consente
na
estupidez dos intervalos
erráticos
em que se transforma.
(Pedro Du Bois, inédito, desde Paris)
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