segunda-feira, 4 de junho de 2012

EM LIBERDADES

Como me visito na liberdade onde fujo
ao extrato - estrito senso da razão -
aventado sobre flores
                    guerras
               saudades
e manhãs explícitas: o sexo carnal
descarna o corpo no arrepio final
do gozo: ânimo revisto
no pranto do menino - por isso
me visito em liberdades tardias
                juventude embalsamada
                rito fúnebre contratado
liberdade desconsiderada no jogo
da apatia
     simpatia
     a alopatia remedia
o gesto (ainda) preso: o peso
dos anos condenam ao suplício:
de onde retirar o fragor da batalha
                        o fulgor da hora
flores despetaladas rejuvenescem caminhos
em dias santificados de obrigações imemoriais
em estranhos sonhos: visito-me na liberdade
de colher frutos amadurecidos: tempo
oferecido em perdas entre grades.

(Pedro Du Bois, inédito)

2 comentários:

  1. Ola amigo poeta, como sempre belos poemas, parabens.

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  2. Cara Maria Luiza, como sempre, eu é que agradeço pela sua visita. Abraços, Pedro.

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