segunda-feira, 18 de junho de 2012

AMORES ENSOLARADOS

I
Há sol - energia suficiente - e o dia
se apresenta quente: solo montanhoso
indiferente ao clima áspero da planície

II
toldo a luz em cortinas e me deposito
sobre a cama: ainda não são horas
de labutas - o repouso permanece

III
os sons da rua me são percebidos:
economizo os que tenho suficientes
ao propósito de me fazer preso

IV
sei sobre o tempo - que desconsidero -
e da precisão de me fazer inteiro ao dia

V
uso de artimanhas: dias se alongam
em compromissos e meu amor dorme
em sumiços: o corpo permanece

VI
há sol e mesmo que não veja sua luz
me indireito na cama e observo a espera
em retirada: amores são assim (quase nada).

(Pedro Du Bois, inédito)

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