terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O COLETOR DE RUÍNAS

Em recorrentes sonhos
das pedras leva os passos
e das árvores retira os frutos
desprezados nas vezes anteriores

presente angustiado
no passado afeito
à decomposição na exatidão
com que as novidades se dispersam
em automóveis e eletrônicas comunicações

sonhos permanecem na materialidade
e restantes gestos guardam
o inesquecível.

(Pedro Du Bois, O COLETOR DE RUÍNAS, 5, Edição do Autor)

3 comentários:

  1. Oi Pedro
    Beleza está no que se pode portar.Infinitas que são as mãos...dos que sabem sonhar.
    Aos que escrevem, são sempre as ruínas a matéria, são das pegadas a areia que inventa o pé.
    adorei tua poesia.
    beijo grande
    adriana bandeira

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  2. é o passado esse fruto colhido na árvore da memória?

    é a poesia a semente da luta contra o esquecimento?

    é a angústia a fonte da criação?

    bom dia!!!

    ;_)))

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  3. muito bons teus escritos ... agradável estar aqui ... abraço!

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