sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

RESPOSTA

Quem somos
nesta luta insana
incessante
procurando encontrar
alguém errante
igual
mesmo inconstante.

Quem somos
assim errantes
cortando os ares
a sobrevoar os montes
entreolhando feras
que do chão nos olham.

Quem fomos
nesse tempo todo
abarrotado de razões
vazios de sentimentos
sem encontrar
quem nos olhasse a fronte.

Quem seremos
sozinhos abandonados
insensíveis ao frio
calor termômetros
se galáxias além
não tivermos alguém.

Cavaleiros alados
justiceiros inacabados
tristes remendos humanos
nascidos honrados
fugitivos no universo errado

Erramos gestos sentimentos
formas entretenimentos
horríveis ao receber
socos cinematográficos
pálidos porcos no abate
ao contemplar nossa eternidade.

(Pedro Du Bois, (A)MOSTRA, Edição do Autor)

2 comentários:

  1. Quem somos sem os versos? Tristes papéis soltos de vidas?

    Abraços e sempre bom estar te lendo.

    ResponderExcluir
  2. Maravilha, Pedro!

    Um questionamento que nunca terá fim.

    Abraços, poeta!

    Mirze

    ResponderExcluir