Corre, no deslocamento espera a bola;
no lançamento, a bomba sobre a cidade;
o centroavante busca o espaço
onde a bomba lançada explode,
contra a trave a bola se choca;
corpos retalhados atirados
de volta ao meio de campo;
não há repouso para os corpos;
carçaças expostas; a falha na jogada;
insepultos, empobrecem a paisagem,
frustram a atenção da torcida,
incendiando a raiva que perpassa;
cabisbaixa, começa a deixar o estádio;
povo subjugado pela força, a volta
se mostra inócua; o vencedor espera
ser para sempre, que a casa explodiu
com a bomba; efêmero lapso
em que a derrota cristaliza.
(Pedro Du Bois, O MOVIMENTO DAS PALAVRAS)
Anledningen
Há uma semana
Um "JOGO" forte e real!
ResponderExcluirA mistura e mixagem da realidade do jogo com a realidade de outro tipo de jogo, onde o vencedor perde sempre.
Um espetáculo, Pedro!
Parabéns, poeta!
Beijos
Mirze
Pedro, ler-te em plena madrugada é plenitude, é transcendental!
ResponderExcluirObrigada por estas linhas tão vivas, mente iluminada!
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Abraço.
Como um Jogo em tuas palavras tem mais vida... que belo poema!!!
ResponderExcluirUm beijo amigo
Caríssimas companheiras em letras: ter suas leituras, em si, justifica o escrever. Abraços, Pedro.
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