Espera a água encher o pote
para ferver na vasilha o líquido inodoro
e misturar o chá necessário e forte
faz da infusão saudade e sorte
ao conhecer no sabor o vento e morte
e espargir o líquido em suor e norte
espia na vasilha o borbulhar da água
e espera o chá esfriar no pote
ao misturar a sorte necessária e forte
faz de conta que nada vale
o olhar perdido em horizontes ao norte
e sem mirar estrelas nem usar astrolábios
apenas entrever a terra avistada em frente.
(Pedro Du Bois, DAS DISTÂNCIAS PERMANENTES, Ed. do Autor)
Anledningen
Há uma semana
Poeta
ResponderExcluirGostei, estou seguindo.
faz de conta que nada vale
o olhar perdido em horizontes ao norte
e sem mirar estrelas nem usar astrolábios
apenas entrever a terra avistada em frente.
Nas entrelinhas está o sentido, adorei.
Beijo
Sonhadora
Pedro!
ResponderExcluirUm poema de extrema sensibilidade! Norte-morte-cha e sorte formam a fumaça que esvanece!
Parabéns! Belíssimo!
Beijos
Mirze
Pedro, este poema é também canção, nossa! traz uma musicalidade pulsante.
ResponderExcluirBeijos.
Sonhadora, Mirze e Carmen: certas distâncias permanecem. Por isso seguimos, seja em música, seja em versos, ou apenas em silêncio. Gratíssimo pelos retornos. Abraços, Pedro.
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