quinta-feira, 30 de setembro de 2010

PORTAS E VENTOS

Terra misturada
.....................orgânica
.....................organismo saturado
.....................em impurezas

ressecado pedaço
onde piso

terra pura
fértil e cheirosa
da minha infância
e do jardim da casa

terra perdida em passos rápidos
onde vendo a minha vida
em progressos de misturas hipócritas.

(Pedro Du Bois, PORTAS E VENTOS, Ciclo Um)

8 comentários:

  1. Obrigado, poeta! Que Deus o bendiga com muitos êxitos. Saudações e bênçãos. Z.A. Feitosa

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  2. pisamos, sim, antes, agora e depois, chãos em que nos vamos escrevendo dia a dia, ser a ser, vida a vida, até um dia, um ser, uma vida, começarmos a aprender a ler-mo-nos...

    ;_)))

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  3. Caríssimos, grato pelos comentários. Pisar-nos-armos em tempos correlatos: essa a dificuldade. E a graça da trajetória. Sermos ainda e sempre andantes. Abraços, Pedro.

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  4. Este poema me lembrou o filme Baaria - Portas ao Vento de Giuseppe Tornatore... De uma forma sintética, o poema diz da infância, da memória, do Viver.

    Um abraço amigo Pedro e parabéns teus poemas conVersam por demais com a poesia que nos co-habita.

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  5. Viajei e voltei à minha infância, caro poeta; bravo!!

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  6. Caros Carmen e Afonso, bom tê-los por perto com suas leituras e retornos. Abraços, Pedro.

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