Deito, apago a luz, reviro-me na cama.
Ligo a televisão, espero que algo aconteça.
Busco auxílio na imaginação, suspendo os pensamentos.
Levanto, busco um copo d'água, refresco-me.
Vou à varanda, olho as nuvens em passagem.
Volto para a cama. Recomeço.
Paisagens encantadas,
corpos de mulheres,
sorrisos escancarados,
barulhos no jardim.
Não era isso que eu pretendia
quando cheguei. Pensava
dormir. Adianta pensar?
Recolho-mo, insone, rompo
a madrugada. Bogart e Ingrid
repetem interpretações,
o chefe de polícia, olha.
No amanhecer, adormeço.
Pesadelos, enfim.
(Pedro Du Bois, AS PESSOAS NOMINADAS, Ed. do Autor)
Folhas
Há um dia
Vi como uma cena mágica de filme. Belo.
ResponderExcluirAbraços ternos.
É, às vezes essas escaramuças com os sonhos nos confundem, onde está a realidade, onde está a ficção.
ResponderExcluirUm beijo.
Caro André: O trabalho, não como criação, mas como repetição, insere-se entre os limites que, por sua vez, comportam os exageros de que temos notícia: esse o erro a nos inundar em medos. Ou a não nos permitir dormir. E sonhar. Abraços.
ResponderExcluirCara Carmen,transitamos horas paradas enquanto insones: repetimo-nos em necessidade. Abraços.
Conheço bem esse estado de coisas, Pedro.
ResponderExcluirÓtimo, seu poema.
Abraço.
Belo texto .
ResponderExcluirAmei.Sei como são estes dias,tensos :S
Visita?
RIMAS DO PRETO
Abraço e boa semana
Ihiii.... poeta Pedro, faço coro com a Dade. Nem sempre, mas acontece.Tenho "ainôsni" (ler de trás pra frente). Mas se lesse seu poema antes de dormir, certamente, dormiria como um anjo. :)Lindo!
ResponderExcluirUm abração
Estimado Pedro: Bellísimo poema, sencillamente onírico, sencillamente perfecto.
ResponderExcluirSaludos!!!!
Caros Cristian e Lau, só quem tem insônia sabe do que falamos, não? Grato pelas leituras e retornos. Abraços, Pedro.
ResponderExcluirOlá, Pedro!
ResponderExcluirVim conhecer o teu blogue nesta madrugada insone, e me deparo com um poema falando deste mesmo tema, rsrsrs
Vou tentar voltar para a cama e sonhar...
Gostei muito do poema!
Um abração,
neli
Grato, Neli, pela sua companhia. Abraços, Pedro.
ResponderExcluirBravíssimo, Pedro!
ResponderExcluirUma cena que se repete em todos, inúmeras vezes.
Quase uma cena de filme!
Magia pura!
Beijos, poeta!
Mirze