Passado ano
quando nos encontramos
e dissemos saber do futuro
ciganas espertas
leram nossa sorte e nos mantiveram
ansiosos em traços manuais
a descoberta de que o passado
presenteia o futuro
em anos ultrapassados
nos dissemos cientes do futuro
quando percebemos que iríamos nos separar:
encontros cancelados em trabalhos
e realizações: desencontros em sinais
trocados: contar os dias
fazer de conta que lembramos
em anos atrasados nos dissemos
futurísticos seres dos amanheceres
estátuas em sais: amargamos
sermos nossos destinos
quando da decisão inócua
imagens retornam em sonhos
quando não lembramos os sonhos
somos vazios em indiferenças
anos atravessam passados movediços
e nos depositam na solidão da casa
vislumbramos ser o futuro
gesto desmedido da saudade.
(Pedro Du Bois, a necessária Partida, Vol. I, Edição do Autor)
Anledningen
Há uma semana
Tua poesia são sonhos lembrados, vazios desengavetados.
ResponderExcluirparabéns e beijos.
Grato, Carmen, pela sua leitura. E o lançamento, tudo pronto? Torcemos por seu merecido sucesso!
ResponderExcluirNão há nada mais saudoso do que o futuro.
ResponderExcluirAté por que o futuro, saudoso, pode sempre ser reconstruído. Grato, Herculano. Abraços, Pedro.
ResponderExcluirSou poeta e edito aqui em Jaboatão dos Guararapes o blog literário Domingo com Poesia, preparando agora uma nova postagem sobre a temática "Tempo", li seu poema "Sobre a Temporalidade", permita-me o privilégio de publicá-la. Acesse o blog www.domingocompoesia.blogspot.com
ResponderExcluirNatanael Lima Jr
Caro Natanael, será uma alegria ter meu poema em seu blog. Abraços, Pedro.
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