segunda-feira, 24 de novembro de 2014

AMAINAR

O amainar da violência da tempestade
no reencontro que não mais representa

estranhos personagens
em melancólicas operetas

a certeza dos corpos desacostumados
em gestos não compreendidos como antes


resta o desencanto
em que o estranhamento perdura
diante de olhos apáticos

a clareza retorna no dizer adeus
com as mãos recolhidas ao corpo

amainada fera em informe massa
de movimentos anônimos.

(Pedro Du Bois, inédito)


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