O menino oferece
sua face ao espelho:
a lâmina envidraçada
embaça
a visão do outro lado
arrepia o instante
usurpa o instante
conflita o tanto
a ser visto
o espelho rouba o encanto
ao menino: mostra a face
avessa ao mundo: aconselha
a antecipação do cansaço
a luz se apaga no espelho
e o menino zera a contagem:
ao espelho cabe azares
deduzidos na imagem
do menino.
(Pedro Du Bois, inédito)
Anledningen
Há uma semana
Belo poema, como todos os outros!
ResponderExcluirGratíssimo, Lianeide, pela sua sempre leitura.
ResponderExcluirAbraços, Pedro.