segunda-feira, 7 de novembro de 2011

QUANDO

Quando chegar a forma
inconsútil dos horários estará
junto ao barulho dos pássaros
soltos em gaiolas de horizontes:

        matéria prima utilizada
        no sempre da necessidade

de fora assiste
a luta internalizada dos profetas
a desdizerem passados

              escurecerem
futuros desagregados em ascetas

deforma o tempo e embaça
a voz difusa da visão menor:

        entorna o líquido
        sobre os passos
        e salga a terra

     a matéria utiliza o tempo
     em reformas e das previsões
     ressoam músicas antepassadas
     no barulho incessante
     do que permanece.

(Pedro Du Bois, inédito)

2 comentários:

  1. Obrigado muito por partilhar comigo a beleza de sua poesia. Que Deus o bendiga com muitos êxitos. Saudações e bênçãos. Z.A. Feitosa

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  2. Eu é que agradeço pela sua sempre presença. Abraços, Pedro.

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