terça-feira, 15 de novembro de 2011

DOR

Não faço da dor
                     tema
        tremo suplícios

conheço do carrasco
a mão: látego
sobre as costas
lanha a pele

            o couro guarda
            a imprecisão do autor

dói como saudade
                sangrenta no início
dói como silêncio
                impossível no gemido
dói como terra
                na descoberta

o tema esvai o corpo
ao relento. E basta.

(Pedro Du Bois, inédito)

Nenhum comentário:

Postar um comentário