sábado, 24 de setembro de 2011

MEU PAI

Caminho entre túmulos
dispostos
em flores
fitas
datas
e dizeres de adeus
e permanência

arranco do solo o inço
que viceja

vou embora sem encontrar
você

   além de túmulos
                     fotos
                    flores
 e inços vicejantes.

(Pedro Du Bois, inédito)

7 comentários:

  1. Bela poesia, Pedro!
    Caráter reflexivo, um pouco mórbida.
    Grande abraço e sucesso!

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  2. Poeta Pedro, emocionante. Seus versos me tocaram muito. São belíssimos, como sempre.
    Um beijo e bom domingo

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  3. Caros Evandro e Lau, por vezes as palavras não transmitem, apenas reflexionam. Grato pela companhia de vocês. Abraços e bom final de semana para vocês também. Pedro.

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  4. Não caminhamos todos entre espaços tumulares?

    Perdura a memória

    Abraço

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  5. Grato, Filipe, pela sua leitura. Abraços, Pedro.

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  6. Pedro teu poema fala fundo à minha alma, meus pais e minha irmã querida fizeram a travessia da grande ponte, não imagina a saudades, a dor diminui a saudades aumenta, mas não costumo ir ao cemitério, lá apenas os restos das vestes que eles usavam para transitar neste mundo, um dia quando eu também tirar esta veste sei que eles estarão lá do outro lado da ponte a me esperar e que abraço gostoso vou dar, beijos Luconi

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  7. Grato, Luconi, pela sua leitura. Abraços, Pedro.

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