segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CRESPÚSCULO

Ao crespúsculo ofereço
a luz
arrefecida
e aos amantes
internalizo o vazio
do escuro olho
que me avista

esqueço a briga anterior
e preparo a próxima luta

enluto a arena
em sangue derramado
no crepúsculo do espetáculo

evito os aplausos e me faço
em escuros textos de erráticos
seres abandonados: aos amantes
ofereço o líquido, o sono
amedrontado e o desarmado corpo.

(Pedro Du Bois, inédito)

4 comentários:

  1. a palavra "crepúsculo' perdeu um pouco de seu encanto pra mim ( desde a massificação vampirística), mas ela é tão mágica, que a poesia retoma.gostei!

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  2. Grato, Adriana e Lau, pelos retornos. É verdade, o "crepúsculo" praticamente caiu em desuso e só foi "realimentado" em vampirismos. Pena, o termo é fenomenal. Abraços, Pedro.

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  3. Pedro, bom dia! Minha conta do Google foi desativada, pois estou levando meus blogs para a plataforma WordPress. Gostaria de continuar recebendo os seus poemas. Meu novo e-mail é: mlmarangon@ig.com.br
    Obrigada.
    Abraços!
    Maria Lúcia Marangon

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