terça-feira, 29 de março de 2011

A MÃO QUE ESCREVE

Sobre a folha branca
no modo de negar
a paixão escondida

em torpe armadilha
o branco da recusa
no pobre recluso
em mim: mesmo

acorrentado ao vazio
na folha amigável
travo o travo

oposto ao presente
risco a consciência
e me desmancho em recados

tarde para consequências
maiores na folha rasgada.

(Pedro Du Bois, A MÃO QUE ESCREVE, X, Edição do Autor)

7 comentários:

  1. Infelizmente, não consigo formatar o poema. Coisas do "blogspot", creio. Talvez amanhão possa acertá-lo. Peço desculpas pelo incômodo. Abraços, Pedro.

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  2. [dentro da mão que tece, não há alva terra de ninguém; da folha recolhe-se o horizonte e o seu traço, cada instante da mão que se inventou palavra, também]

    um imenso abraço,

    Leonardo B.

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  3. Grato, Leonardo, pela sua leitura. Abraços, Pedro.

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  4. MUITO BELO, Pedro!

    Há beleza também na folha rasgada. Muita beleza.

    Beijos

    Mirze

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  5. Eu que agradeço, poeta.

    Sempre bem com a magia dos teus versos.

    Grande braxxx!

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