terça-feira, 17 de agosto de 2010

ENTRAR

Entreaberta porta
portinhola
caminho destrancado

olho o lado de dentro
sinto o conforto
troco a liberdade

com o pé fecho a porta
atrás de mim.

(Pedro Du Bois, A CASA DAS GAIOLAS)

12 comentários:

  1. Caros Andel e Luiza, grato pelos retornos. Por isso gosto da poesia, pela multiplicidade de leituras permitidas pelos textos. Abraços, Pedro.

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  2. Que cena, gosto quando a poesia nos desperta um cenário na imaginação.

    Um beijo amigo.

    Carmen Silvia Presotto

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  3. Oi, Carmen: gosto quando a leitura do poema inspira o comentário. Fico feliz. Abraços, Pedro.

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  4. Muito BOM!

    A liberdade e o risco, ou o conforto e abrigo?

    Este impasse sempre per-meia nossas vidas, e o poeta o fez de uma maneira adorável.

    Um forte abraço!

    Mirze

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  5. Boa a sua leitura, Mirze: essa dicotomia entre ser e deixar de ser, mesmo que nos custe a vida: sair ou ficar. Constituir a continuidade. Somos gregários. Abraços, Pedro.

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  6. Simples assim, quando enunciado. Mas quantas portas mesmo nós, os corajosos, só deixamos entreabertas, incapazes de atravessar a soleira.
    Abraços!

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  7. Não troco minha liberdade pela mais bonita e confortável gaiola...
    Versos perfeitos Pedro!
    Muito obrigada pela visita no meu espaço, mais assiduamente estou em www.anaconfabulando.blogspot.com
    Abraço poético.

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  8. Ana e Ana, ter a leitura de vocês me faz feliz. É verdade, tantos não trocam suas liberdades, tantos as vendem; tantos circunstancialmente são impelidos a trancar a porta ou, pior, a não transitar por elas. O bom da poesia é a diversidade da leitura. Abraços, Pedro.

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  9. Cada porta um segredo, paz.
    Beijo Lisette.

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  10. Com certeza, Lisette. Por mais que queiramos ser a "porta da frente a serventia da casa". Abraço, Pedro.

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