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as horas piores são as primeiras
onde os olhos alcançam o passado
depois cessam os sinos: encerram
os dias das mesmas formas
entre pássaros nervosos e a escuridão
que chega e acolhe
o estrondo nos acorda: assustados
alvos dos piratas na batalha descortinada
em luzes que nos alcança e derruba
e nos desfalece
minutos finais se prolongam
em passagens
ao contrário das boas horas
que não se repetem
em átimos de lembranças
da morte não há quem conte
os passos rápidos e as progressões ligeiras
quando saímos levamos impressões
da vida inacabada envolta em panos sujos:
únicos encontrados
a volta na repetição das lágrimas
em olhos cansados de desgraças
cercam as esperanças: animais
famintos em suas próprias presas
a acomodação aos fatos desalenta
espíritos jovens e desfalece
velhos desamparados.
(Pedro Du Bois, POETA em OBRAS, Volume VI, Saga, fragmento)
Anledningen
Há uma semana
¨SAGA¨.
ResponderExcluiraqui esta um poema impar, de inigualável beleza.
duro, contundente, porem belo !
pedro du bois!
bendita seja a sua inspiração!
um grande abraço!
Grato Moisés, pelo seu retorno. Nem sempre as palavras descrevem - ou tentam - boas novas. Abraços, Pedro.
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