quarta-feira, 21 de julho de 2010

ENVELOPAR

O envelope contido: palavras
documentam o sensato: desdobram
tempos em cumprimentos. E se afastam.

Levados temas
ao inconclusivo: outro
envelope contem respostas.

A grafia insiste em revelar
ao tolo o insuficiente:
desprendido ao gesto
o olho enlouquece
sobre papéis riscados.

- O envelope rasgado em bordas
revela o conteúdo na insensibilidade
do que dizem vírgulas e parágrafos.

(Pedro Du Bois, Inédito)

5 comentários:

  1. Pedro,o que diriam esses parágrafos...adorei o poema.

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  2. "as cartas de amor são ridículas"

    mas como gostamos de as escrever

    Beijos!

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  3. Lindo, Pedro!! Muito lindo, seu poema. Posso imaginar a decepção do destinatário ao receber esse envelope.Coitadinho/a...
    Parabéns!!!

    Um beijo

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  4. Gratíssimo pelas leituras e retornos. Abraços, Pedro.

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