sexta-feira, 30 de julho de 2010

DISTÂNCIAS

...
não meço distâncias em propriedades
corrigidas das ameaças
onde homens se enredam
como seres aperfeiçoados
de maldades e maldições

afeições encerradas em camada
de reservadas encenações
não reveladas das peças
apresentadas nos estertores
dos romances recomeçados
entre os intervalos

desce ao solo e recupera a imagem
desgastada dos que vieram antes
e a projeta ao depois de quando
os últimos tiverem a oportunidade
de irem embora

correta maneira de se medirem
as distâncias: construções desfeitas
na decomposição abissal dos defeitos
em respeito ao ápice das passagens
...

(Pedro Du Bois, POETA em OBRAS, Vol. IV, fragmento)

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