domingo, 28 de fevereiro de 2010

A AUSÊNCIA INCONSENTIDA

A morte
decantada
esperada
refugada
em noites perdidas

acordado
evito a sua chegada

o contato:
prévia putrefação do corpo
na hora não apropriada
para a sua entrada

tudo direi a ela
antes complete a sua obra

bobagem, bobagens.

A morte lograda:
sua ação, vazia, termina
na morte: mais nada.

(Pedro Du Bois, A AUSÊNCIA INCONSENTIDA)

4 comentários:

  1. cara amigo e poeta, a morte é sorrateira, está sempre a espreita, esperando o momento para dar seu bote, que fazer se ela é certa,
    tenha uma excelente semana, bjs

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  2. Inconsentida ou sentida, prevista, sabida...
    Ela chegará, mas por hoje, Vivamos!!!
    Um brinde à vida!!!

    Pedro,
    Obrigada pela sua visita!!!
    Depois de ter abandonado meu blog por um bom tempo, voltei para deixá-lo sempre em dia!
    Apareça sempre!!!

    Beijo grande p vc e pra Tânia(tô procurando o blog dela)

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  3. "...antes complete a sua obra..."

    BRAVO, Pedro!
    Versos traduzindo patente realidade.
    Abraços.
    Marilândia

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  4. Seu poema me fez lembrar do poema em que o grande Manuel Bandeira fala da morte como a "indesejada das gentes" e nos alerta que devemos deixar tudo ou quase tudo em seu lugar antes da indesejada chegar. Abraços e parabens pelo poema. Bjos, Graça Graúna

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