quinta-feira, 28 de maio de 2009

O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS

40.
estar aqui e lá
ser o verde e o azul
o pássaro e o réptil
a escrita e a fala
visão e tato
o claro escuro das histórias
de amores irrespondíveis
em desejos tolos
o talo das plantas
ressurgido em seivas
capturadas ao solo

presença e ausência
lembrar e esquecer
ter você e lhe perder
como predador e presa
pedra e plástico
o amanhecer traz a luz
que não se esgota e aguarda
a outra volta

a semelhança e o desconforto
do não reconhecimento.

(Pedro Du Bois, em O NASCER DOS ARES E DOS PÁSSAROS, Volume II)

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