O estereótipo
escraviza a ruindade
na escura água que contém
o germe em que se perde
– o naufrágio contamina
o espumado instante –
a maldade cristaliza os seres
em medidas usurpadas aos
desesperados: a imobilidade
falseia a eternidade
(ao longe corpos se movimentam
em sentidos aleatórios: a ruindade
escorre o visco)
o dia antecipado em difusa
luz sabe do cansaço.
(Pedro Du Bois, inédito)
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