Associado ao doge de veneza
me faço estampa e quesito aberto
em contendas: respondo sobre a água
e o limo invade a casa: retiro da questão
a lógica e alço a torre ao limbo
inalcançável da maré entrante:
tenho nas mãos as respostas
e a corda cede no que o corpo
ascende ao extrato do ultraje.
Sou sócio oculto pela veneziana
entreaberta ao odor lamacento:
minha parte se resume a ouvir
os remos na água e o rumo
sob a água: águas paradas.
Na escadaria da casa alagada
ressurgem ratos dados como mortos
e aranhas ditas desaparecidas: o afresco
das paredes cede à umidade e descasca.
Debaixo do desenho pueril da oferta
surge indelével a parede nua.
(Pedro Du Bois, inédito)
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