Do que me é dado: do contrato a cláusula
do distrato a causa das razões a lei da dor
a sensação de fazer além do exigido do saber
reler as instruções do amor retornar no pranto
o lenço seco da paixão: do viver aqui estar
enfrento o
dia de amanhã e permaneço
presente em
minhas situações
rasgo a incerteza do passado
e me apresento na repulsa
com que os olhos enxergam
os poucos conhecidos.
Almoço na hora certa e na descoberta
me faço desconhecido: não acrescento
ao contato o sentido da pele ressecada
do nascimento a morte
do instante a distância
no outono a retirada
Do que sou
retirado sobra
a marca tatuada
da verdade.
(Pedro Du Bois, inédito)
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