Na
noite repleta de escuros cantos
a luz
espanta os corpos que se encontram
em
conversas antigas de muitos anos
lances
sorrateiros e o apito do guarda
que o
medo retira a vontade
de
serem encontrados
no
irrealizado verão
de
luzes e noites quentes
fossem
escuros cantos
onde continuassem
anônimos
e o
vento levasse os papéis
não
seria a noite o receptáculo
de
legumes e verduras chegados
à mesa
de quem dorme
não se
fazem negócios enquanto a noite
esconde
os clarões humanos: agenciada
em vidas
e mortes descoloridas.
(Pedro Du Bois, inédito)
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