O horror da guerra recontado
na mesa do bar: bravatas
e homéricas pilhérias
braço sobre o encosto
aproxima o corpo
e no ouvido estala
a língua o tiro de canhão
fuzila com os olhos o comentário
atrevido e revida o ataque
com perfídia: emudece
a plateia na simulação
do estampido
o braço aperta o corpo
ao lado: fosse o inimigo
subjugado no golpe
em que a lâmina rasga
o pescoço repassado
com experiência e glória
detém o amigo que se despede
ao ir embora: sugere nova
rodada mesmo que em outro
local: ainda é hora
sozinho
o desalento invade
seu corpo e alma: os olhos
tentam apagar o passado.
(Pedro Du Bois, inédito)
Envelhecer
Há 8 horas
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