O poeta troca a nau
pelo carro com que parte
para o nada como se fosse
a nova odisseia em paradas
de programadas baldeações
ou troca de sua nave
o carro circula estradas
em autovias sinalizadas
- onde a placa do labirinto? -
de faixas aéreas pré-determinadas
em que o gps marca a posição
exata de sua perdição terrestre
o policial solícito diz da próxima estrada
o agente turístico - sorridente - diz do hotel
aproximado e o poeta cansado pede
que alguém carregue a sua bagagem
e solícito
e sorridente
entrega ao carregador a pequena nota
vil e financeira de sua última rima
versada antes do banho.
(Pedro Du Bois, inédito)
Envelhecer
Há 8 horas
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