Tudo o que quer fazer
nas horas ímpares
deixa para depois
do tempo
concentrado
em preocupações
maiores
o início traz notícias
sobre permanências
dispensadas em
asas
de pássaros
concebidos
em ninhos destruídos
pela chuva
na chegada
arrasta a
cadeira
onde senta e olha
suas
vontades
trazidas em
destinos
frágeis de
terminações
afora amores
filiais
descrentes do que guarda
vastas camadas
florais
de perfumes significados
atraem antecipações
mordazes de comentários
orientados em suspensões
repletas vidas
se completam
em voltas
descontadas
nas distâncias
ocorridas
entre vidas
ouvidas
em audiências
objetivadas
de governanças e
participações
tudo feito em
dias
úteis de salários
e comparações
exemplares de sonhos
visões
irrepreensíveis
de cabeças abertas
em sensores
decorridos
de espionagens
e prêmios
ofertados
o andar do
objeto
identificado nos
que ficam
sobre terras
enxutas
e nada é
poupado
ao sofrimento mantido
na coragem das
perguntas
o fazer não idiotiza
relações
irresponsáveis
nos lazeres
descritos
em prazeres
baratos
rasgada roupa
assoma
o corpo mentiroso
das torturas
no arrancar peles onde
passam unhas
avassaladoras
quer refazer a
dor
duvidando da
integridade
com que se
apresentam
rostos
restritos
na contrição das
mãos
destroços
recolhidos
em restos
plásticos
do todo
fragmentado
na dúvida em que
repete gestos
suspeitos na noite
hora de afastamentos
traduzem inquietações
nas liberações: sonos recuperam
corpos esquecidos
nas condições
sensíveis das
experiências
prometidas das
demoras
rumo bifurcado
na procura das
faltas
acobertadas no que
não sabe
suposições indiciam
ocasiões
espertas onde
o passado
desnorteado
é tragédia
anunciada
em afastamentos:
o restante
feito quando
possível.(Pedro Du Bois, POETA EM OBRAS, Volume I, edição do autor)
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