terça-feira, 28 de abril de 2015

INSÔNIA

sei da hora insone dos apaixonados
na revolta surda dos amores desaparecidos

unidos pontos mostram desejos
desavergonhados em canções pueris
de falsas inocências: a voz falha
na mentirosa idade declarada
    no gênero anunciado
 e no sexo desvelado
                          (após a hora)

no ultrapassado horário dos recolhimentos
conto sentidos desperdiçados em sorrisos

lembro outras horas além do estreito
corredor dos tempos enjaulados: não
dormir asfixia o sonho e o devolve
à superfície onde nos habitamos

(Pedro Du Bois, inédito)



Um comentário:

  1. Caríssima Silviah, não personalizo os textos, são apenas poemas, no caso, sobre a insônia que, sabemos, passa pela segunda estrofe. Pena você não ter gostado. Abraços.

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