quinta-feira, 2 de abril de 2015

INÓCUOS

O inócuo gesto recolhido
            tolhe a passagem

ávida preguiça
repousa inócua
     sob a árvore

na sombra sentimentos aquecem
lembranças inócuas de saudades

o gesto inocula a certeza
das destrezas assumidas
em formas que permitem
        aprisionar memórias

na sombra sentimentos sabem
o pouco que resta nos espaços.

(Pedro Du Bois, inédito)

2 comentários:

  1. Uma interação a este poema.

    O Ser sabe que nada significa, na árvore apenas uma folha a menos.
    Assim, recolhe-se em sua insignificância, guarda o amor e a saudade, mas isso também deve não ter importância.

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  2. Valeu, Silviah, pela sua leitura. Abraços. Pedro.

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