sábado, 7 de junho de 2014

SILÊNCIO

Respira o silêncio: não existem vozes
diluídas em seu cérebro
            nem mensagens
e ordens: nada além
do silêncio alucinando
a memória
           na deslembrança
dos fatos perdidos.

Barulho em diferentes
formas (não o escuta?). A certeza
desmorona prosaicos sons:
e você
       onde se encontra?

Repete o gesto: o silêncio se entranha
no que resta de onde vem o assustado
ser do que não é dito.

Retira o som: a batida sincopada
avisa da chegada: dísticos dizem
do som em árias
             e sinfonias:

                         branco inferno: silêncio.

(Pedro Du Bois, inédito)
         

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