Armazeno as coisas
desprovidas de matéria: acode ao cego
a bengala
o cachorro
acorre ao surdo
em sinais e gestos
escondo na criança o crescer e a seriedade
em gavetas trancadas
o mistério transparece
na mão conduzida em chaves
apelo ao senso
o desuso e a catraca
arrepia o sujo
a água e a macela
ausentam o corpo
a matéria e a ilusão
roubam do portador a entrada
forço a gaveta
minha mão é forte
e avanço lerdo o caminho no instante
atravessado ao mundo
a conversa e o barulho
acendem o fogo
na imagem e gosto
jogados aos mortos
a ventura recupera meu medo
em conversas baixas
o silêncio impera.
(Pedro Du Bois, inédito)
Anledningen
Há uma semana
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