Avança o corpo no espaço
em casas indivisíveis
recebe os primeiros fótons
da energia em luzes
sabe do início o essencial
de que a história não é mera música
e letra de ópera ligeira
transforma a tragédia no riso
do insensível personagem
de poucas luzes
o cone reflui a imagem
na longa chegada
diferencia a luz
das luzes outroras
iluminadas da estrela
em suas mazelas
caminha o bastante
para o cansaço
perceber o corpo
resolve seus problemas
e dá as respostas na canção
correta aos ouvidos
seja a luz
permitida ao cego
nas letras entende a língua
com que falam as histórias
em permitido leito
renasce o sentido no instinto
com que a fera se humaniza
o fóton coroado na viagem
amplia sua base no cone
cujo ápice mostra
o amor estratificado
em relações menores
a terra cerca a bruta pepita
que o mercúrio envelhece
a morte em luzes nessa hora
de perdidos pedidos de perdão
remanesce em obras
no tear desfeito pelo dedo
ferido na agulha
a linha força a vontade
no desfazer pontos de vaidade
espera as demais luzes
que precisam chegar.
(Pedro Du Bois, inédito)
Anledningen
Há uma semana
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