Do que não conheço:
a distância rítmica com que as lembranças
se iludem em imagens e fotografias
de altos prédios de faz de conta e o transatlântico
dobra outro cabo
há desesperança em seu apito
frêmito e fremido em espadas divinas
arestas mal aparadas
e eu aqui
parado confesso e conto
não os reconheço vizinhos e parentes
sei que suas faces obscurecem e branqueiam
enquanto atrás das vidraças quando passo
no trajeto com o livro embaixo do braço
no banco da praça leio
as palavras que por lá brincam e conversam
desconheço:
ordens e comandos
pois avesso ao começo
em viagens enjoo a chegada
não carrego malas
e chapéus
nem bengalas
(apenas) levo o que livro.
(Pedro Du Bois, inédito)
Anledningen
Há uma semana
Nenhum comentário:
Postar um comentário