sábado, 9 de novembro de 2013

LUZES

cego, no escuro suspira
as horas claras das lembranças
onde forjou a vida de agora
no eterno anoitecer
e céus nublados

suas luzes interiores
clareiam o caminho
até a porta
a saída
a rua
o que conforta

tem a bengala e o sentido
o cão de companhia
e o alarido
dos pés pela calçada

o repetir da imagem
permanece no olhar
e na paisagem.

(Pedro Du Bois, inédito)

Nenhum comentário:

Postar um comentário