quarta-feira, 20 de novembro de 2013

DESENREDO


                    Chovo
                    o tempo
                    dedicado
                    à seca.

Seco a hora enredada. 

Falam em catástrofes: finalizo
                                     o inexistente.

Na esterilidade do planeta
aposto verdes plantas
e azuis marítimos: dói 

              a água derramada sobre o solo
castigado em vazios. O relógio desperta
o sono irreparável da espécie.

(Pedro Du Bois, inédito)

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