sábado, 3 de dezembro de 2011

TEMPESTADE

O tempo fechado
em tempestade
abre fresta
ao relâmpago
cortado na incerteza
da passagem

o barulho ao longe
desperta sentidos
de vidas inertes
sob os escombros
concretados dos abrigos

a chuva lava a terra
levada na sobrevivência
exposta no sacrilégio
da palavra dita
em desespero e medo

o tempo fechado na passagem
invade o ânimo e se deposita
por inteiro.

(Pedro Du Bois, inédito)

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