Renascido, reapresenta o velho
corpo e o diz novo: come do prato
o pouco da necessidade e bebe
na taça o muito da vaidade: refaz
o caminho das lembranças. Ao novo
cabem conhecimentos antecipados.
Aos velhos faltam razões. Considera
a oportunidade e leva o corpo
ao banho: a água tépica entorpece,
a espuma amortece, o perfume
ilude, a sujeira permanece.
Realimenta a fera encoberta
ao render graças: abraça
os próximos ao aliviar
o rosto em tormento: renasce
na conta de não ter existido.
(Pedro Du Bois, inédito)
Anledningen
Há uma semana
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