sexta-feira, 28 de outubro de 2011

TÂNIA

Em teu corpo

repousa o espectro

da renovação da vida



deusa terrestre

da conquista

avessa ao sacrifício



sabes deduzir a espera

e alimentar a vez

posta como fera



encaras o sentido

onde me guardo

e aguardas de mim

o que encerro



teu corpo seduz

o instante: o bastante

e o justo querer

do que me resta



resto em ti na diagonal

do espanto: és corpo

descoberto na espera anteposta.

(Pedro Du Bois, inédito)

Um comentário:

  1. Pedro, que lindo! Um poema chamado Tânia, olha só... O poema maior que o nome, muito maior, mas é-me tão íntimo o nome e tão belo o poema.
    Beijos,

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