quarta-feira, 27 de julho de 2011

FRIO



Tormento frio aguado tempo gelado

a alma provoca calor onde se guarda

espera atravessar a noite e o inverno

desperta sentimentos de lamúrias e lágrimas

deixa nas faces marcas da passagem da lágrima

furtiva da fome no desencontro do vazio

onde memórias lembranças e papéis

guardados em infames piadas criadas

contadas recontadas em cada frio e neve rasa

hora do desespero fustigante açoite da época

memorialista na definição gelada da história



fatos passados em direção ao centro

do universo na volta começo sonhos

medos a caverna responde

ao grunhido do primeiro bicho asilado

da fria intempérie com que inicio.

(Pedro Du Bois, inédito)

3 comentários:

  1. Belíssimo, Pedro!

    O frio me faz muito bem. E acho que nosso espírito agradece a baixa temperatura e gera poemas assim

    Beijos, poeta!

    Mirze

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  2. mas... tanto frio assim?

    ou o frio chegou com a mudança... de hemisfério?

    bem vindo de regresso e calorosas felicidades na nova residência!!!

    ;_)))

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  3. Grato, Mirze e Argumentônio, pelos retornos. Abraços, Pedro.

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