domingo, 23 de janeiro de 2011

A PRIMEIRA CASA

A casa abre espaço ao corpo:
o portão rememora a chegada;
não prende, liberta na imensidão
das peças: reconhece cada canto
de encerrados encantos; espaço
delimitado ao corpo: cama, roupeiro,
cadeira, escrivaninha; a casa
demarca seu território: espaço
comum na divisão da história.

(Pedro Du Bois, A CONCRETUDE DA CASA, 2, Edição do Autor)

5 comentários:

  1. Estimado Pedro: Bellísimo poema, suscinto, y glorioso como la vida misma.
    Un abrazo fraterno

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  2. Belo poema, Pedro!

    A casa da minha infância, pensava eu, que os portões eram altíssimos, quase gigantescos. Quando adulta, revi a casa, observei com tristeza que os portões eram normais. A pequena era eu.
    "espaço comum na divisão da história"

    Beijos

    Mirze

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  3. Sim, Pedro.Somente a casa abre lugar ao corpo, pois ele só existe se habitar um lugar.Sendo existente entre móveis,vitrais e canções, a vinda-som-portão.Somente nesse võo feito de letra...é que pode carregar palavra.
    adorei o poema.amo casas.
    beijo grande
    adriana bandeira

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  4. Grato a todos, caros companheiros, pela sempre companhia. Abraços, Pedro.

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