Caminho na praia
com os pés n'água
fria em invernos frios
da minha idade
penso vidas enquanto passos
me acompanham em corpos
de lembranças esquecidas
de águas anteriores:
tenho consciência do risco
de pensar a vida e a compartilho
com gaivotas que me fitam
da areia à água e aos barcos
que ao largo da enseada pescam
peixes submersos e frios
de invernos sob meus passos
a transitar areias
de finas recordações e de peixes
retirados em redes de pescadores
sôfregos do trabalho por onde passo
em vidas desligadas de águas frias.
(Pedro Du Bois, AMARES, Edição do Autor)
Anledningen
Há uma semana
Ótimo! O ritmo leva o leitor ao movimento das águas, da marola. Junto, a reflexão sobre a vida.
ResponderExcluir"Penso vidas enquanto passos me acompanham em corpos"
ResponderExcluirLindo demais, Pedro!
Beijos, poeta!
Mirze
Estimado poeta: es un bellísimo poema que transita entre la vida y el sueño.
ResponderExcluirUn fraterno abrazo Pedro
sim, tem das marés o ondular que embala mas também a malha que sem fim tece o interlúdio e inexoravelmente nos pesca para o correr dos dias empurrando os Sísifos que nos habitam
ResponderExcluir;_)))