I
Bailarina de pernas alongadas
e finas: fecha os olhos ao girar o corpo
de elastecidos músculos: sorri em gestos
ao receber o parceiro
esguio corpo de bailarina: criatura de luzes
em rápida corrida e parada na revoada em volta
revoltas águas completam a cena
na ponta dos pés avança passos
há graça nos braços levantados
metálico rosto retesado
ao contar os passos
lembrando o andamento
da música até a cortina cair
a bailarina em frente aos olhos cai
tem graça o seu cair: caio com ela
rompido elástico: rompido contato
quebrado dom.
II
... bailarina
estática
na cena
móvel
no estupor da plateia
o aplauso
se espalha
ao inusitado.
III
Quando nos fazemos esperança
em palco nu de panos
brancos
vemos a mulher caminhar
entre nadas
fosse o todo
o tudo
onde a alma trafega
trânsfuga de si mesma
esperança em motivo e sonho
branca
nuvem transformada na passagem
daquela mulher dançando
seu corpo
móvel
sabemos o sentido dos passos
e dos aplausos fortes e continuados.
(Pedro Du Bois, A RECRIAÇÃO DA MÁGICA)
Anledningen
Há uma semana
Obaaaaaa...sou a primeira!!!
ResponderExcluirQue lindo...ja fui bailarina...continuo sendo...serei p sempre !!!
Mil beijos !!!!
Que versos que bailarinam, que compassos bem marcados.
ResponderExcluirUm beijo amigo, Pedro e parabéns por mais este poema!!!
Carmen Silvia Presotto. Vidráguas!
Lindos e harmônicos versos, poeta Pedro.
ResponderExcluirParabéns!
Um beijo