A covardia na agressão vazia
com que preenche o espaço tempo de vidas
loucas em opções baratas e embarradas
sujando a entrada e acertando o pássaro
sobre a antena da televisão
a covardia dos falsos profetas
e dos argentários da solidão
silenciosa dos túmulos ocos
sentidos do anoitecer e a rua
isolada em fitas amarelas de acidentes
a covardia dos cantos
em palavras suaves e melancólicas
fosse a oração de outrora
e o dia surgisse da sua vontade
a covardia em si fechada
agrilhoada ao penhasco em disputas
vãs onde se perde em restos de humanidades.
(Pedro Du Bois, O ESPAÇO VAZIO)
Anledningen
Há uma semana
Covardia maior é não viver... e se vê muita coragem neste escrever... ;)
ResponderExcluirespetacular, poeta.
ResponderExcluirme remeteu a algo do neo-realismo do cinema italiano!
braxxx