Retorno ao tempo, horas refeitas
em brumas, escuras escoras estampadas
em selos descolados, envelopes repousam
sobre mesas, presos, sentimentos
aprisionados, pesos sobre palavras
não enviadas, arremetidas e desoladas
mãos nervosas, o tema sobrepuja
a vontade, materializada dor,
rememoro o trigal e o quintal,
pássaros, raivas e lamentos, o riso
raro emerge memórias, profundas
camadas em pedras não preciosas,
cálculos matemáticos e horror ao vento,
invento o tempo passado: lembranças
impostas ao nada trazido na dualidade
dos seres emprestados aos tantos
fantamas corporificados
em músicas ligeiras.
(Pedro Du Bois, (DES)TEMPO)
Anledningen
Há uma semana
Belo poema, Pedro!
ResponderExcluirSempre admirável. Sempre um exemplo. É um prazer imenso ler os seus poemas. As palavras ganham uma força, uma vida...!
ResponderExcluirAbraços
Pedro Du Bois
ResponderExcluirAmigo é sempre um prazer renovado ler e sentir seus poemas, que sempre trazem além da poesia, algo mais e bem profundo!
Um abraço e Deus esteja conosco!
Ótimo fim de semana!