Depois do esforço o corpo cede em descanso
e aproveito o todo perseguido para me colocar
sobre o ladrilho: o lado de fora pesa o conforto
do regresso e atravesso ruas e ruelas. O beco
de saúdes tolhidas em muros enlevam os olhos
ao espaço: o cão me persegue e o labirinto
tranca suas passagens: a flor irrita o hálito
trazido da cidade: cansado ser renovado
em pequenos morros serpenteando estradas
e o aviso de chegada: estar comigo satisfaz
o ego e da parede desprendo o prego
que segura – sustenta – o espelho: a imagem
despercebida cede ao esforço da metáfora.
(Pedro Du Bois, inédito)
https://pedrodubois.blogspot.com/
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